Português, francês e inglês fluente. Espanhol intermediário.
Formação:
Formado em psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, ainda estudei filosofia na Sorbonne Paris IV.
- Terapia corporal (formação em psicologia formativa com L. Cohn),
- Transtornos do impulso (ambulatório integrado dos transtornos do impulso no Hospital das clinicas)
- Psicossomática psicanalítica (instituto sedes sapientae).
- Pesquisador no Hospital das Clinicas da faculdade de medicina da USP e integrante da equipe do ambulatório dos Transtornos do Impulso.
- Pós graduando em Psicologia formativa (com Leila Cohn) e em Psicossomática psicanalítica pelo Instituto Sedes Sapientae.
"Os passos do processo formativo são uma referência para a vida, restauram um sentido de verdade organísmico-emocional, graça e beleza".
KELEMAN, S. (1995). Corporificando a Experiência, São Paulo: Summus
Linhas teóricas:
A prática formativa de Stanley Keleman:
Segundo Keleman, a prática formativa está diretamente relacionada com o funcionamento neurológico e biológico do corpo. Ela permite organizar a habilidade volitiva para influenciar o comportamento e para ampliar o leque de respostas frente a qualquer situação, possibilitando assim uma vida mais pessoalizada e ações mais deliberadas.
A prática permite a reorganização dos fluxos excitatórios e de urgência, modulando assim os afetos para que sejam mais adaptativos.
Keleman entende que todo comportamento envolve movimento, uma ação muscular, e que em cada movimento existe um processo organizador. Desta forma, para mudar um comportamento devemos compreender o processo organizador que o está regendo.
O tônus muscular decorrente desse processo organizador pode e precisa ser alterado voluntariamente por uma ação neural, para influenciar sensações, emoções e pensamentos.
A psicanálise
Para Jacques Lacan, psicanalista francês, uma das tarefas mais importantes da análise é levar o paciente a se reconciliar com o seu desejo.
Enganar o outro e se enganar em relação ao seu próprio desejo é o que nos constitui enquanto seres divididos e a tarefa ética para cada um de nós é a reconstituição da verdade de nosso próprio desejo. .
O mundo é caracterizado por máquinas e discursos que se apropriam de nosso desejo, desde a nossa família, até outros discursos da cultura como a mídia, ouvimos o que se espera de nós, o que devemos querer... É uma entrega a modos pré fabricados de querer, basta comprar um jeito de desejar... o que simplifica a vida mas aliena a subjetividade.
Não devemos também confundir o desejo com metas, planos, objetivos que são inversamente coisas que às vezes colocamos para tamponar o buraco e lidar com a angústia do não saber. Esse é o comportamento próprio da neurose, um estado de desconhecimento e esquecimento do próprio desejo.
A análise visa portanto a subjetivação do indivíduo, pela reconciliação com a sua verdade. Para tanto, presta atenção nesse desejo que se manifesta pelo inconsciente, através desse « estranho » que nos habita. Que em geral negamos... por exemplo, quando cometido um lapso, retificamos: "não era isso que eu queria dizer"... mas nesse estranho fala a verdade. Esse estranho pede para ser escutado e se não o escutamos ele cobra a sua dívida na forma de sintomas e angústia.
Especialista em Transtornos do Impulso:
Para se entender o fenômeno impulsivo é essencial compreender a sua natureza multidimensional, devida a heterogeneidade dos comportamentos impulsivos, pois cada um deles manifesta um funcionamento próprio do qual decorre a falta de controle. Observa-se que segundo o transtorno, ou grupo diagnóstico em questão, determinada dimensão impulsiva estaria alterada, ou por falha de um freio em particular, ou pelo prevalecimento de um impulso. Nesse modelo diagnóstico, as dimensões a serem consideradas são as seguintes:
Instabilidade Afetiva: Deficiência de freio a nível afetivo. Dentro da qual enquadram-se, por exemplo, o transtorno de personalidade borderline e os transtornos do espectro bipolar.
Falhas Cognitivas: Instabilidade ou dificuldade de atenção, disfunções executivas ou inteligência comprometida. O exemplo mais claro é o do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Deficiência Empática: Síndromes em que se denota uma aquisição defasada do código de valores sociais, como no transtorno antissocial de personalidade.
Impulsividade Hedônica e Desejo: Transtornos relacionados ao uso de substâncias e dependências comportamentais, onde se destacam uma voracidade hedônica e um comportamento aditivo, como no impulso sexual excessivo, na adição por comida, no jogo patológico (vicio em apostas, jogos que envolvem risco monetário), ou ainda no vicio de internet e jogos eletrônicos.
Impulsividade Agressiva: Caracteriza as síndromes que apresentam um ímpeto agressivo descontrolado, manifesto por hétero-agressão ou auto-agressão. Um exemplo paradigmático é o transtorno explosivo intermitente (explosões de raiva)
Para saber mais, você pode conferir o manual do curso oferecido pelo nosso ambulatório do Hospital das Clínicas:
TAVARES, H., ABREU, C. SEGER, L., MARIANI, M., FILOMENSKY, T. (2015). Psiquiatria, Saúde Mental e a Clínica da Impulsividade, São Paulo: Manole.
Mais informações:
Blog: Últimos posts
Em vista de um projeto de pesquisa, estou fazendo uma revisão de literatura científica sobre transtornos alimentares, compartilho alguns dados interessantes:
Benefícios das terapias corporais
Texto extrato de meu projeto para doutorado. Sobre o beneficio da terapia corporal para transtornos do impulso